6 dicas sobre criação de tilápia para tornar seu negócio promissor

A tilápia é um peixe de água doce, originalmente africano, introduzido no Brasil há cerca de 40 anos.

Atualmente, a criação de tilápias, ou tilapicultura, representa boa parte da produção total da piscicultura nacional e vem apresentando um crescimento bastante significativo ao longo dos últimos anos.

Muito provavelmente esse sucesso se deve ao melhoramento genético das linhagens que resulta em um peixe de rápido desenvolvimento, reprodução rápida, boa carne quando comparada a outros pescados e fácil adaptação a diferentes sistemas de produção.

Ou seja, uma criação de tilápias bem gerenciada tende a ter uma elevada produtividade e, consequentemente, gerar uma boa rentabilidade ao piscicultor.

Mesmo com todas essas vantagens, um bom planejamento para começar a atividade é essencial e existem algumas dicas que podem facilitar a vida de quem opta por criar tilápias.

A seguir, elencamos algumas dessas dicas:

1. Escolha o sistema de criação ideal

Na criação de peixes, existem vários tipos de sistema, como extensivo, semi-intensivo, intensivo e superintensivo, cujas principais diferenças estão relacionadas ao principal objetivo do responsável pela prática.

Tratando-se de tilápias, a melhor opção é o sistema superintensivo, devido ao fato de permitirem a utilização de tanques-rede, tanques escavados e canais artificiais (raceways).

Além disso, com esse sistema é possível alcançar um maior adensamento dos peixes, por meio da calagem dos tanques, do fornecimento de rações balanceadas, da boa adubação e do monitoramento correto e frequente da qualidade da água.

2. Cuide adequadamente da alimentação dos peixes

Utilize a ração extrusada, a mais indicada para a criação de tilápias, e ofereça a quantidade recomendada pelo fabricante e/ou técnico responsável, seguindo as orientações de algum guia de alimentação especializado.

Esse tipo de ração acaba sendo a melhor opção porque aumenta a digestibilidade; tem maior estabilidade na superfície da água, o que facilita o manejo; tem um melhor aproveitamento pelos peixes, com o hábito de se alimentar da ração que boia na água; e evita desperdícios e/ou acúmulo de resíduos no fundo do tanque.

Preste atenção também na frequência em que essa ração deve ser oferecida aos peixes, na temperatura e em todos os outros parâmetros relacionados, sem esquecer de considerar as fases de cultivos.

Deve-se ainda manter sempre a água numa temperatura adequada e observar a quantidade de proteína bruta, de energia digestível e dos demais nutrientes contidos na ração.

3. Haja rápido para evitar a mortalidade das tilápias

Geralmente, a taxa de mortalidade em uma criação de tilápias é de 5% a 10% e esses números estão diretamente relacionados à questões do manejo da criação, à sanidade do plantel e à qualidade da água.

Diante disso, existem algumas medidas que podem ser adotadas para minimizar essa mortalidade, tais quais:

  • Planejar adequadamente as atividades e as aquisições necessárias para o início e a manutenção da criação;
  • Realizar o monitoramento frequente da qualidade da água;
  • Fazer o manejo adequado da alimentação dos peixes;
  • Usar telas e outras proteções para evitar pássaros e outros predadores;
  • Cuidar do manejo sanitário para que haja o controle de doenças e parasitas;

4. Respeite as normas

Para os tilapicultores que quiserem criar os peixes em tanques-rede nas águas da União, há uma série de normas a serem seguidas estabelecidas pela própria legislação brasileira. São elas:

  • Obter o licenciamento na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA);
  • Adquirir o registro de Aquicultor no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA);;
  • Obter a autorização de uso da água pela Gerência Regional de Patrimônio da União (GRPU);

Todos esses pré-requisitos são fundamentais para a manutenção do negócio sem maiores preocupações com multas e/ou infrações, portanto, é muito importante que antes de começar suas atividades, você verifique se está tudo conforme o reivindicado por lei.

5. Tenha locais adequados para a criação

Embora existam outras possibilidades para a criação de tilápias, os locais mais adequados são: 

  • Tanques alteados ou escavados de terra: são geralmente utilizados durante o processo de alevinagem, como berçário para as tilápias; no processo de crescimento e também de terminação. 

O formato favorece a despesca dos peixes por ser retangular, sendo usados por cerca de 2 meses durante o período de berçário, antes dos peies serem transferidos para outro lugar.

  • Sistemas de tanques redes em grandes açudes ou represas: geralmente utiliza-se esse sistema durante a fase de crescimento até o peso de abate das tilápias, que dura em média 4 meses;
  • Sistemas de recirculação de água: esse modelo permite a renovação dos tanques, garantindo assim a maior qualidade de subsistência dos animais;

Cada um desses sistemas possui um custo e suas próprias especificidades.

Ao escolher, considere seus recursos disponíveis, como área para a produção, fornecimento de água e mão de obra disponível, para que haja o melhor aproveitamento possível da atividade.

6. Saiba identificar as fases do processo

Na criação de tilápias, existem alguns eventos que marcam as mudanças de fase, são eles:

  • Alevinagem: é a fase de reprodução natural ou por incubação laboratorial (artificial) em que se dá a origem das larvas, pós larvas e alevinos e é também quando se realiza a masculinização das pós larvas;
  • Berçário: fase em que os alevinos já masculinizados transformam-se em juvenis e ficam pronto para passarem para a fase de engorda;
  • Engorda: momento em que os juvenis são preparados para se desenvolverem e produzirem o máximo de filé;
  • Despesca: etapa da colheita dos animais.

Por fim, vale ressaltar a importância de buscar profissionais especializados que possam auxiliá-lo com esse manejo.

Além disso, vale a pena se aprofundar em assuntos relacionados à piscicultura e gestão rural.

Alguns especialistas apontam, por exemplo, que há um certo desperdício na venda do filé do peixe enquanto outras partes são descartadas, já que essas outras partes poderiam ser utilizadas na produção de outros bens como a venda do couro do peixe para fins médicos e artesanais.

Inclusive, nós da iAqua temos uma série de produtos que podem te ajudar nas atividades de aquacultura comercial.

Em caso de dúvida, entra em contato conosco! 

Ficaremos felizes em te ajudar!

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